segunda-feira, 21 de julho de 2008

O editor-chefe

Imagine que você tem uma boa educação, formou-se em Comunicação e é um bom escritor. Depois, você se mudou para um outro país e está aprendendo a escrever em um outro idioma. Talvez seja difícil, sabe?

Ela tem talento, é inteligente e está aprendendo. Claro que preciso ajudá-la e, por isso, sou o editor-chefe.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

os hábitos americanos

1)
Um dos piores aspectos da nossa cultura é o nosso desejo de gastar muito mais dinheiro do que recebemos. Por alguma razão desconhecida, todos os países que falam inglês tem esse problema. Austrália, Inglaterra e Estados Unidos estão passando por essa dificuldade agora. Por algum tempo, esse hábito não teve conseqüências. Uma pessoa indisciplinada poderia viver uma vida cara, ter uma boa casa, um carro e outras posses. Ela podia se sentir melhor do que seus vizinhos e os vizinhos também achavam que deveriam 'to keep up with the jones', Isso é uma expressão idiomática em inglês que quer dizer que nós compramos produtos para mostrar que temos o mesmo nível de riqueza que nossos conhecidos.

Nos anos recentes, os bancos americanos estavam satisfeitos pedindo empréstimos para todo o mundo e emprestando dinheiro aos consumidores. Apesar de sermos um país de devedores, não nos preocupávamos com isso. Os preços das casas estavam aumentando, nossa riqueza parecia em boas condições e os bancos estavam dispostos a emprestar cada vez mais.

Eu não tenho esse problema cultural. Não sei por quê. Talvez eu seja mais conservador do que o povo do qual eu faço parte. Eu sempre achei que as pessoas teriam problemas financeiros e um dia os hábitos irresponsáveis resultariam em um período de ressaca depois da “festa consumista”.

Agora, nós estamos passando por uma crise financeira e eu não tenho emprego. Minha antiga empresa é um dos bancos que emprestava dinheiro para qualquer pessoa que queria gastar (mesmo sem ter um tostão) e agora está de pernas para o ar. Nesse respeito, a companhia não está sozinha. As agências do governo, o FNMA e FHLMC estão na mesma situação. Isso tudo é conseqüência desse comportamento estúpido.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Passei um outro dia

Depois de um tempão acordando às cinco da manhã, acordei às seis e meia com minha namorada hoje e nós tomamos café da manhã juntos em casa. Agora, na minha segunda semana de desemprego, já me sinto cansado durante o dia quando acordo às seis e meia.

O mundo é diferente quando não estou trabalhando e correndo para realizar todas as minhas obrigações. Posso sentar ao sol sozinho durante a tarde e olhar todo mundo fazendo seus negócios, compras ou alguma outra coisa, mas não me sinto em férias. Estou sem emprego. Talvez eu me veja como um preguiçoso.

A parte mais chata é aquela de busca e de submissão a um novo emprego. Escrevi novas cartas e mudei meu currículo várias vezes, mas acho que esta tarefa não leva a nada. Só dá para - quem sabe - encontrar um emprego, mas não para aprender algo novo, ajudar uma pessoa ou uma firma.

Porém, quando penso sobre meu emprego antigo, e como ele era, sinto que tenho mais sorte. Ě possível que a perda do emprego tenha sido boa para mim. Ser desempregado é melhor do que trabalhar para uma firma que não tem futuro, embora agora eu não ganhe um tostāo. As pessoas que ficaram lá estão em uma situação pior.

Ser desempregado não é totalmente ruim. Estou ajudando minha namorada com seus deveres escolares. Hoje, ela passou o dia inteiro escrevendo textos do Mestrado com dificuldade e eu tive orgulho de ter uma namorada tão inteligente que tem vontade de continuar estudando em um outro idioma.

Amanhā, farei as mesmas coisas. Submiterei meu currículo a outros empregos, escreverei outras cartas e talvez irei à academia ou ao parque. Tenho de ficar bem.